Historicamente, é natural que as áreas do conhecimento se iniciem com uma visão abrangente, mas o acúmulo progressivo de informação demanda a criação de subespecialidades. O câncer é uma das doenças de maior foco de pesquisas no mundo, com um aporte diário de estudos e informações. Inicialmente, os Oncologistas eram responsáveis pelo tratamento sistêmico de tumores pediátricos e hematológicos, além dos tumores sólidos. Com a progressiva complexidade dos tratamentos médicos, essa atividade passou a ser exercida por profissionais diferentes: Oncologista Pediátrico, Onco-Hematologista, e Oncologista Clínico, respectivamente.

Nos centros de tratamento de câncer mais renomados do mundo, a atividade do Oncologista Clínico também foi focalizada de acordo com órgãos e sistemas, como, por exemplo, Oncologia Torácica, Oncologia Gastrointestinal, Uro-Oncologia, com o objetivo de beneficiar o paciente através da expertise acumulada em tipos específicos de câncer e oferecer um profissional altamente capacitado capaz de administrar tratamentos modernos e atualizados.

Apesar de apresentar aspectos moleculares em comum, os tumores sólidos possuem especificidades conforme o órgão sede da neoplasia. Portanto, os tumores gastrointestinais possuem especificidades que justificam um corpo de profissionais dedicados ao seu tratamento. Possuem epidemiologia, história natural, evolução clínica, aspectos nutricionais, patologia, técnicas cirúrgicas, técnicas de radioterapia e sensibilidade aos fármacos características.

A Oncologia Gastrointestinal dedica-se ao estudo dos tumores de esôfago, estômago, fígado, pâncreas, vias biliares, cólon, reto, e canal anal, além dos tumores neuroendócrinos que acometem o aparelho digestivo.