Dr. Alexandre Jácome | Câncer de Vias Biliares

Câncer de Vias Biliares

As vias biliares iniciam microscopicamente no interior do fígado, até formar ductos maiores que terminarão eliminando a bile no intestino. São chamados de colangiocarcinomas. Quando iniciados nos ductos biliares no interior do fígado, são chamados de colangiocarcinomas intra-hepáticos. Caso contrário, são considerados extra-hepáticos, que serão divididos em três localizações: vesícula biliar, hilar (local do fígado onde estão inseridos os grandes vasos sanguíneos e vias biliares) e distal (porção final das vias biliares).

Por provocarem obstrução das vias de eliminação da bile, um sintoma comumente associado aos colangiocarcinomas é a icterícia (olhos e pele amarelos), associada a fadiga (falta de energia), perda de apetite e perda de peso. Os exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, como a colangioressonância, são muito importantes na caracterização da lesão, e na programação terapêutica, principalmente cirúrgica. Como a icterícia apresenta efeitos tóxicos sobre o organismo, e pode prejudicar o tratamento clínico e cirúrgico do paciente, frequentemente é necessária a desobstrução da via biliar antes dos tratamentos, com a colocação de próteses no interior da via biliar, o que pode ser realizado através de endoscopia digestiva alta, permitindo a queda dos níveis de bilirrubina e consequente menor risco de complicações com os tratamentos necessários.

Como todo câncer, o tratamento dependerá da extensão da doença, o que chamamos de estadiamento. Sempre que possível, tentamos oferecer a remoção cirúrgica do tumor, o que pode trazer ótimo controle da doença. O tratamento cirúrgico pode ser suficiente isoladamente, mas podem ser necessários tratamentos complementares, como radioterapia e quimioterapia, após a operação. A quimioradioterapia também pode ser empregada inicialmente nas lesões em que há impossibilidade de remoção em um primeiro momento, assim como a quimioterapia isoladamente também poderá ser utilizada em casos em que o tratamento cirúrgico não for recomendado.

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