Dr. Alexandre Jácome | Câncer de Fígado

Câncer de Fígado

O câncer de fígado ou hepatocarcinoma pode se iniciar em uma pessoa com órgão previamente normal, mas, na maioria dos casos, o paciente apresentava doença hepática. As hepatites virais crônicas, como as hepatites B e C, são importantes fatores de risco, assim como a cirrose hepática provocada por qualquer causa.

Para os pacientes que não possuíam doença hepática, o diagnóstico precoce do hepatocarcinoma é um grande desafio, visto que lesões pequenas, ou até mesmo de tamanho moderado, frequentemente não produzem sintomas. Quando ocorrem, geralmente são dor abdominal, náuseas, perda de apetite e perda de peso.

O diagnóstico do câncer de fígado é uma das poucas situações em Oncologia em que ele pode ser realizado sem a biópsia, visto que possui características muito marcantes nos exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética. No entanto, em algumas situações clínicas, ainda será necessária a confirmação histológica.

Quando o hepatocarcinoma se desenvolve em um órgão cirrótico, o transplante de fígado pode ser uma opção terapêutica, a depender de critérios adicionais. Caso seja possível sua remoção cirúrgica, a hepatectomia pode trazer um excelente controle da doença. Além da cirurgia, lesões localizadas também podem ser tratadas com outros procedimentos, como ablação por radiofrequência. Procedimentos para redução dos tumores, visando sua remoção posterior, também podem ser adotados, com elevada eficácia. Medicamentos podem ser injetados diretamente na artéria do fígado para uma exposição do tumor a maiores concentrações do fármaco, o que chamamos de quimioembolização, que também diminuirá a circulação sanguínea ao tumor, contribuindo para sua extinção. Quando há impossibilidade cirúrgica, a base do tratamento será sistêmica, com exposição a medicamentos que terão uma atuação mais ampla no fígado e no organismo.

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