O esôfago é o órgão responsável por conduzir o alimento da boca ao estômago, e pode ser comparado a um tubo. É um órgão predominantemente muscular, que irá se contrair com o objetivo de transportar o alimento. Tem comprimento variável de acordo o biotipo do indivíduo, mas tem cerca de 25 cm.

O esôfago pode ser sede de dois tipos principais de câncer. Os dois terços iniciais podem dar origem a um tipo conhecido como carcinoma de células escamosos, e o terço final do órgão pode dar origem ao adenocarcinoma de esôfago. São doenças distintas, com fatores de risco diferentes. O primeiro está associado ao tabagismo e ao alcoolismo. Já o adenocarcinoma tem se tornado cada vez mais frequente por estar associado ao sobrepeso e obesidade, e à doença do refluxo gastroesofágico.

O sintoma mais comum é uma sensação que o alimento não está descendo adequadamente, que chamamos de disfagia. À este sintoma pode se associar dor, o que chamamos de odinofagia. Devido a obstrução provocada pelo tumor, podemos observar regurgitação e perda de peso.

O diagnóstico é feito pelo exame de endoscopia digestiva alta com biópsia da área suspeita, mas frequentemente são necessários exames adicionais para a avaliação da extensão da doença no organismo.

Na grande maioria dos casos, a doença está restrita ao órgão e aos gânglios linfáticos ao redor do esôfago. Sempre que possível, deve-se discutir a remoção cirúrgica do tumor. A associação de radioterapia e quimioterapia antes do procedimento cirúrgico pode trazer benefícios adicionais no controle da doença. É muito frequente o paciente encontrar-se emagrecido e debilitado, o que torna a terapia nutricional fundamental na recuperação do paciente.